Duas releituras de um clássico

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Chevrolet Opala acaba de ganhar uma nova releitura pelas mãos do designer Du Oliveira. O artista fez uma enquete em seu blog, convidando os leitores a eleger a versão que serviria de base para a remodelagem. Com 42% de preferência, o sedã Opala Luxo 1969 foi o escolhido. "Um carro tão cultuado teria que ser ao gosto do entusiasta", afirma Oliveira. "Acho que o design de 75 a 79 foi mais marcante, mas o resultado do modelo escolhido pelo público ficou satisfatório." Abaixo você vê o resultado.

Du OliveiraNovo Opala na visão do designer Du Oliveira

A grade do radiador recebeu dois frisos horizontais cromados que se estendem por toda a dianteira, como no original. Faixas pretas duplas no capô marcam a versão SS. Até as rodas foram inspiradas na configuração esportiva. A traseira repete o visual retrô, cujas lanternas são parecidas com as de 40 anos atrás, mas utilizam leds no lugar de lâmpadas. O bocal de abastecimento perdeu o lugar, originalmente no centro da lataria. Os internautas escolheram o V8 Northstar para impulsionar o carrão, mas Oliveira sugeriu os atuais V6 3.6 Alloytec e o 2.4 Ecotec que equipa o Captiva.

Releitura de Du Oliveira foi inspirada no Opala sedã de 1969

Cauê de Mattos concluiu o curso de desenho industrial no Mackenzie remodelando o Opala. No começo de 2008, ainda estudante, iniciou seus trabalhos em meio a projetos de móveis e embalagens, sua especialidade. No entanto, a paixão por carros antigos, principalmente modelos dos anos 1960 e 1970, o levou a investir no clássico da GM.

Cauê de MattosNovo Opala de acordo com Cauê de Mattos

Mattos preferiu buscar inspiração na segunda geração do modelo, produzida entre 1975 e 1979. "Para mim foi o auge do carro. Foi o desenho desta época que marcou a cabeça das pessoas", diz. Outros veículos também alimentaram as idéias do designer, como o Ford Maverick e Dodge Charger, mas a principal referência foi o Chevrolet Camaro, cuja releitura foi apresentada como conceito em 2006.

Do cupê original, foram mantidos o longo capô e a linha de cintura consagrada nos anos 1960 com o Chevelle, Impala e outros clássicos americanos. A traseira também preservou os faróis redondos duplos. O desenhista paulistano apelidou seu projeto de Opala Special 40, fazendo alusão aos 40 anos do automóvel no Brasil, dada comemorada em 2008.

Cauê de Mattos escolheu os modelos produzidos entre 1975 e 1979 para remodelar o Opala(G1)
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